segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Nova Lei da Meia-Entrada.

Na notícia sobre a vinda dos Stones, comentei sobre uma nova lei, que já foi regulamentada pela Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. Vamos ao que significa a lei: apenas 40% dos ingressos disponíveis ao público, sejam de fins comerciais ou culturais, poderão ser vendidos como meia entrada. Para tal, o estabelecimento deve indicar em local visível a informação, se não os ingressos continuaram podendo ser meia-entrada. E isto vale para todos os que entrariam como meia-entrada.

Posições partidárias a parte com respeito a posição da Dilma, o que isso pode significar para as pessoas que frequentam shows e peças de teatro: com uma diminuição dos números de meia-entrada, os valores das "inteiras" pode vir a diminuir, pois a maioria das produtoras de eventos coloca o preço do ingresso alto, sabendo que quase todo mundo pagaria meia entrada. O que pode ser muito bom, sabendo que a maioria dos shows e eventos que eu conheço os preços, estão absurdos. O caso sai um pouco quando o assunto é cinema, a questão de filmes voltados para público adulto e os filmes voltados para infantil, mas não é a ideia do texto discutir isso. O decreto deve entrar em vigor até 31 de março de 2016, prazo máximo para a emissão do documento. Vamos ver o que acontecerá. E você caro leitor? O que pensa sobre esse assunto?
Deixe seu comentário a respeito no blog!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Rolling Stones Brasil 2016. [Atualizado]

É oficial, os Rolling Stones desembarcam em Fevereiro de 2016 no Brasil para dar continuidade na vida sobre os palcos.
A primeira cidade a receber o show é o Rio de Janeiro no dia 20/02 no Maracanã, depois segue para São Paulo nos dias 24 e 27/02 no estádio do Morumbi, diferente do que foi falado no início, que seria no Allianz Parque, depois vai para Porto Alegre, no dia 02/03, local ainda não divulgado.
Em breve sairão todas as informações a respeito de ingressos e o local que será o show em Porto Alegre.
[Atualizado 03/11]Mick Jagger bateu o pé, e a Arena Allianz Parque abrigará o show dos Stones. Outra informação ainda aponta o Beira Rio, estádio de Porto Alegre como o local do show. Todas as informações sobre ingressos e outras coisas a respeito da turnê serão apresentadas na quinta-feira (05/11).

[Atualizado 05/11] Mick aparentemente deu uma barrigada palmerense (vide José Norberto Flesch) e o show ficou no Morumbi mesmo. Datas e locais confirmados.



Também descobriremos se já estará em vigor a lei que limita a apenas 40% dos ingressos sendo meia.

sábado, 10 de outubro de 2015

Ian Anderson - 09/10/2015

Ian Anderson -  Jethro Tull The Opera Rock

Teatro Guaíra - 09/10/2015

Acredito que ninguém nunca imaginou que colocar uma flauta no rock seria tão influente que poderia mudar a ideia de música de uma geração. O termo Opera Rock se tornou algo recorrente em outras bandas, mas o Jethro Tull foi um dos primeiros a abusar do gênero e em um certo momento nasceu um álbum de "uma música só" o Thick as a Brick de aproximadamente 43 minutos.
"The Fantastic" Jethro Tull, é uma das bandas que ficou ilhada nos anos 60, por causa de um fenômeno da música, mas as mesmas bandas que tiravam seu brilho, os admiravam, Jethro Tull fazia parte da discoteca de músicos como John Lennon, o The Who e também os Stones que chamou a banda, com uma mãozinha de Tony Iommi que estava substituindo o guitarrista do Jethro, pra fazer parte do antológico The Rolling Stones Rock and Roll Circus.
Dito tudo isso, o show começou em ponto, e o som estava um pouco desregulado, mas pouco depois estava tudo certo, a banda do ingles Ian Anderson estava no palco e com ajuda de um telão e cantores gravados que passavam nele, o fazendeiro Jethro Tull, que deu nome à banda, estava sendo evocado ao palco.
Até o momento em que o riff de Aqualung entrou, que era a terceira música, o público estava sonolento assim como o show, mas ali, o velho dirty old Aqualung despertou. A partir daí o show teve outro ritmo. As músicas estavam ali pra contar uma história, Ian reescreveu parcialmente algumas músicas para poder dar clareza à sua Opera Rock, que conta sobre problemas ambientais, e como temos tratado nosso planeta, incluindo críticas à indústria e aos agronegócios que criam híbridos, que na peça foram chamados de Frankenfields. Vendo aquela montagem e sequências sonoras, não seria nada estranho aparecer uma Space Opera nos cinemas ou um outro tipo de filme musical escrito por Ian Anderson. Vamos voltar um pouco no telão, aquele que deveria manter a história da peça se transforma quase numa distração engraçada, pois as gravações estão muito fracas, alguns momentos a imagem parece ser de baixíssima qualidade e gravações em fundo verde malfeitas, é triste ver que uma banda respeitada não possui um trabalho artístico de video um pouco melhor, não chega a atrapalhar, mas pode te levar a brincar de sete erros. Outro ponto que decepciona um pouco, é a voz do Ian que já não aguenta manter o falsete, mas o tempo passa para todo mundo, e nem todos são o Ney Matogrosso que manteve a qualidade de voz, e como o tempo passa para todos, vamos a um dos pontos fortes, a flauta transversal de Ian, se em vocal decaiu, o tempo deixou o flautista mais ágil, e quando ele chega a fazer alguns duelos com o guitarrista, dá ao público a sensação de que o velho mago tenha continuado evoluindo como músico. A banda é boa, mas não é comparável à outras formações, ainda mais as do início. Destaques para "A New Day Yesterday" e "Locomotive Breath", que me fizeram quase pular da cadeira, mas por ser um show em teatro, os "guardinhas" cortavam aquela energia, teria sido muito melhor se não tivesse sido em um local sentado.
Com o velho Jethro Tull dentro do palco e sua historia sendo recontada (e atualizada), pouco lembrou a banda que leva o nome, mas não decepcionou quem foi lá para ver o velho mago Ian Anderson.
O show que veio de Buenos Aires e já passou pelo Teatro Bradesco em São Paulo e o Teatro Araujo Viana em Porto Alegre, vai para Belo Horizonte onde faz show no Palácio das Artes nos dias 10 e 11 de Outubro.










terça-feira, 6 de outubro de 2015

Dica: Setlist.fm

O site setlist.fm é muito interessante se você é recorrente em shows. Ele possui primeiramente, os setlists dos shows, em sua grande maioria, só os pequenos, em cidades do interior que muitas vezes pode não ter. O site mostra as bandas, uma pequena bio delas, shows anteriores (quantas pessoas que possuem cadastro estavam, o setlist, algum comentário), e shows futuros se você quer acompanhar alguma banda. Como funciona: você pode fazer um cadastro e a partir disso, você ajuda o site colocando um setlist do show, se ainda não tiver, você pode listar todos os shows que já foi, ver uma lista com as músicas que mais ouviu, os artistas que mais viu e outros dados. Além de poder adicionar outras pessoas em seu circulo de amizades (tipo facebook hahahahah) e ver quais shows elas foram. Tenho um cadastro lá, "omrocha" se quiserem ver como funciona ou/e seguir.

Vou disponibilizar mais um, de um amigo meu que foi em muitos outros shows que eu não fui, e é mais legal de ver as listas: Bruno

domingo, 27 de setembro de 2015

Rock in Rio 2015 (pela Tv)

O Rock'n Rio acabou e apenas curti ele pela TV, o que foi bem frustrante, pois vi shows geniais, que queria ter sentido o feeling. Um evento de grandes proporções, vários lines muito bons, no meio de uma crise na economia brasileira, mas certo que foi um sucesso. Vou dividir o assunto em duas partes, nos lines que mais me chamaram atenção e no festival em si.

Primeiro dia ficou por conta de homenagens, Cassia Eller, Cazuza e ao Freddie Mercury. É engraçado ler a divisão do povo com relação ao show, uns dizem que o Adam Lambert "estragou" o show outros dizem que ele conseguiu prestar a devida homenagem. Queen e seus famosos hits, entoados em propagandas na TV, sem dúvida, foram uma super atração, com Brian May um virtuosoh da guitarra, sem dúvida um dos grandes guitarristas da música mundial e o grande Roger Taylor, que para mim, é responsável por a qualidade dos ritmos da banda e essencial na lista dos melhores bateristas do mundo. Adam Lambert demonstrou que é um fã do Queen e conhecia Freddie Mercury, sem imitar trejeitos, tentou evocar o vocalista no palco, com sucesso e foi um show a parte todas as exuberantes performances. No segundo dia Metallica fez o que sabia e conseguiu agradar seu público. The Hollywood Vampires com sua banda estelada (literalmente devido ao Zak "Starr"key), se apresentou na quinta feira, com Alice Cooper, Joe Perry, um tal Jack Sparrow, Duff McKagan, Matt Sorum, Lizzy Hale e o afilhado de Keith Moon e também filho do baterista dos Beatles, Zak Starkey. As estrelas do palco não deixaram o público apenas com uma formação incrível de músicos, mas jogaram hits para todos os lados, de John Lennon, passando por Who e Led Zeppelin. O guitarrista, nas horas vagas, Johnny Depp não decepcionou o pai Keith Richards e foi muito bem na apresentação. Os amigos do Brothers of Brazil, Supla, João e Ed foram mais ou menos nessa linha também, levaram Glen Matlock, baixista do Sex Pistols pra falar português, tocando muitas músicas da dupla, da carreira solo do Supla, da banda Tokyo, mais hits do Sex Pistols junto com a grande performance de Glen, e outros hits famosos como Imagine, Surfin' Bird, Berimbau, Rock and Roll do Led Zeppelin. Depois foi a vez de Erasmo e Ultraje que trouxeram mais do Rock Brasileiro ao palco, apesar do Roger parecer meio perdido e o som do microfone do Erasmo tava baixo, o público estava dentro do show, e cantou tudo!

Agora a segunda parte, em meio à crises de governo, estaduais, federais e civis, o Rock in Rio levou muita gente pra ver, e segundo a Roberta Medina, foi um sucesso. Sabemos que lá dentro as coisas tem preços altos e que se movimentar no Rio, apesar da cidade ter estrutura voltada para o festival, não é fácil. É ridículo como uma mulher levantar a camiseta no show ainda tem cara de protesto, como a lembrada ação de Cassia Eller e repetida na abertura do festival na parte da sua homenagem. Esse tipo de festival ainda é 100% televisionada e tem destaque na tela, tem sido bom para o formato, mas não imagino que nos próximos anos, continue assim, dada a situação atual. Mesmo querendo que apareçam mais festivais regionais. Espero que esteja errado. Enfim, se não viu, procure na internet, e se não falei de alguma banda que você queira ler (não falei de quase nada) pode me cobrar!


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Seguranças e shows

Segurança de músicos deve ser um dos trabalhos mais fidap**a do mundo dos shows, pois várias pessoas acham que merecem por uma força quase divina, encontrar com seus ídolos, e esses caras devem fazer o trabalho deles, não deixarem NINGUÉM chegar perto, pode ser o governador, o papa, mas não adianta, e mais, ele não é seu amigo.
Estava lendo uma reportagem sobre o segurança Túlio Costa, sobre seu trabalho e algumas histórias, e me lembrei todas as vezes que fui barrado por um "segura" na porta dos camarins. É terrível, mas é o trabalho deles. E se o cara é bom, Deus pode aparecer ali, que ele não vai te deixar chegar perto. Então - se você quiser tirar uma foto com o artista - não é com ele que você vai falar.
Existem seguranças que são famosos por seu jeito cabaço de ser e se você é regular em shows internacionais, deve saber ao menos o nome de um, ou por uma história própria, ou pela história dos outros.
A um tempo atrás, fui assistir um show internacional num teatro e acabei encontrando com um "segura" carioca. Passei raiva, mas ele fez aquilo que ele deveria (e o artista era o maior cabaço). Mas pela insistência minha, acabei ficando mais do que devia e ouvi histórias dos bastidores de alguns shows antológicos. No final o cara era um carioca gente fina, fazendo a p**ra do trabalho dele.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

From Pet Sounds to She's Leaving Home

Sgt Peppers: "God only knows what I'd be without you Pet Sounds"
Sgt Peppers: "Só Deus sabe o que seria de mim sem você Pet Sounds"

Quero novamente agradecer o JC do site Portal Beatles Brasil por acreditar no que eu escrevo.

Em 2003, a revista americana Rolling Stones entrevistou 273 músicos, criticos de música, pessoas ligadas à indústria musical, e chegou a uma lista dos maiores álbuns "de todos os tempos" e incrivelmente o Sargent Peppers dos Beatles e o Pet Sounds dos Beach Boys estão ocupando primeiro e segundo lugar respectivamente, mas pra quem conhece a historia sabe que não haveria o álbum dos Beatles sem o álbum dos Beach Boys. E mais, a referencia é bem forte!
A história conta que quando Brian Wilson ouviu o Rubber Soul, ele achou incrível e quis fazer algo que os Beatles faziam, que era um álbum inteiro sem colocar nenhuma versão de outro músico, e essa foi a premissa do Pet Sound. Em quanto não saia na América nenhum single do grupo britânico depois do Rubber Soul, a resposta para esse hiato foi dado no disco dos Beach Boys.
Em uma entrevista, Paul McCartney comentou a importância do Pet Sounds, primeiro por ter sido um álbum escrito pelo Brian Wilson, e que comprou uma copia do disco para cada filho, pois não imagina alguém ter uma educação musical sem escuta-lo. Além disso, recentemente, Paul McCartney junto do serviço de streaming Spotify criou uma playlist chamada "Paul McCartney's Favorite" e a música "God Only Knows" que está presente no Pet Sounds.
O Produtor dos Beatles, George Martin,  também afirmou que "Sem Pet Sounds, Sgt. Pepper não teria acontecido. Pepper foi uma tentativa de igualar Pet Sounds."
Em algumas faixas do Sgt Peppers é visível a influencia do álbum, como "Lovely Rita" e "She's Leaving Home", fica difícil ouvir uma vez o Peppers sem se remeter ao álbum do grupo americano.
E se ouvir outras músicas do Paul, é possível também captar da onde veio a influência, seja na carreira solo, no Wings ou nos velhos Besouros.

Se você curte Beatles, tire um dia para ouvir o Pet Sounds, vai valer a pena, tanto para entender de música, quanto para se aprofundar no seu conhecimento sobre a banda.
É a mesma coisa de ler Lewis Caroll ou Charles Dickens... Lennon/McCartney não seriam os mesmos sem. Mas isso fica para uma próxima coluna.